Portal do Governo Brasileiro
2012 - Livro Vermelho 2013

Jacaranda subalpina Morawetz LC

Informações da avaliação de risco de extinção


Data: 10-09-2012

Criterio:

Avaliador: Luiz Antonio Ferreira dos Santos Filho

Revisor: Tainan Messina

Analista(s) de Dados: CNCFlora

Analista(s) SIG: Marcelo

Especialista(s):


Justificativa

Jacaranda subalpina conhecidapopularmente por "caroba-do-campo", caracteriza-se por árvores de até 12 m dealtura, terrícolas, perenes, hermafroditas, e apresenta síndrome de dispersãoanemocórica. Endêmica do Brasil, ocorre, nos Estados de São Paulo e Rio deJaneiro, na Serra da Mantiqueira, e em Minas Gerais, entre 1600-1800 m dealtitude. Restrita do bioma Mata Atlântica, onde desenvolve-se em campos dealtitude e floresta semidecídua altomontana. Estima-se que haja 33.000indivíduos maduros na natureza. Protegida por Unidades de Conservação (SNUC), ParqueNacional do Itatiaia, Parque Nacional da Serra da Bocaina, Parque NacionalQuedas do Rio Bonito e Parque Estadual de Campos do Jordão. Não ameaçada noâmbito nacional.

Taxonomia atual

Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.

Nome válido: Jacaranda subalpina Morawetz;

Família: Bignoniaceae

Mapa de ocorrência

- Ver metodologia

Informações sobre a espécie


Notas Taxonômicas

Descrição em Morawetz (1979). Diferencia-se de J. puberula por ocorrer em altas altitudes, ter corola mais pubescente, cálice mais coriáceo, fruto menor, entre outros caracteres (Gentry, 1992). Nome popular: "caroba-do-campo" (Chagas Junior, et al. 2010).

Dados populacionais

Oliveira Filho et al. (2004) encontraram 11 indivíduos em 1,2 ha de unidade amostral em um fragmento de 26 hectares de floresta semidecídua alto-montana em Carrancas, MG. Baseando-se nesse estudo, estima-se que haja 33.000 indivíduos maduros na natureza.

Distribuição

Espécie endêmica do Brasil, encontrada em São Paulo e Rio de Janeiro (Lohmann, 2012), mais especificamente em altas altitudes (1.600 a 1.800 m de altitude) na Serra da Mantiqueira (Gentry, 1992). Há registro da espécie para Minas Gerais (Chagas Junior, et al., 2010; Dalanesi, et al., 2004).

Ecologia

Árvore de até 12 m de altura encontrada em campos de altitude (Gentry, 1992) na Mata Atlântica (Lohmann, 2012). Ocorre também em floresta semidecídua altomontana em Minas Gerais (Oliveira-Filho et al., 2004).

Ameaças

7.4 Wildfire
Detalhes Apesar da espécie ocorrer no Parque Nacional do Itatiaia, local onde ocorre queimadas frequentes (Aximoff, 2011), não se sabe se a espécie é tolerante ou mesmo se pode ser prejudicada com intensidades altas de fogo.

Ações de conservação

1.2.1.2 National level
Situação: on going
Observações: Vulnerável (VU). Lista vermelha da flora do Brasil (MMA, 2008),anexo 1.

4.4.2 Establishment
Situação: on going
Observações: Encontrada nas seguintes unidades de conservação (SNUC): Parque Estadual do Instituto Florestal de Campos do Jordão, SP, Reserva Florestal da Bocaina, SP e Parque Nacional de Itatiaia, RJ (CNCFlora, 2012).

4.4.2 Establishment
Situação: on going
Observações: Encontrada no Parque Nacional do Itatiaia (Aximoff, 2011), Parque Nacional Quedas do Rio Bonito, MG (Esteves Mansanares, 2010; Dalanesi et al., 2004), Reserva Florestal da Bocaina (SP), Parque Estadual de Campos do Jordão, SP (CNCFlora, 2012).

Referências

- LOHMANN, L.G. Bignoniaceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro, Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2012/FB114190>.

- MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Instrução Normativa n. 6, de 23 de setembro de 2008. Espécies da flora brasileira ameaçadas de extinção e com deficiência de dados, Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 24 set. 2008. Seção 1, p.75-83, 2008.

- AXIMOFF, I. O que Perdemos com a Passagem do Fogo pelos Campos de Altitude do Estado do Rio de Janeiro?. Biodiversidade Brasileira, v. 1, n. 2, p. 180-200, 2011.

- CHAGAS JUNIOR, J. M.; CARVALHO, D. A.; ESTEVES MANSANARES, M. A Família Bignoniaceae Juss. (Ipês) no Município de Lavras, Minas Gerais. Cerne, v. 16, n. 4, p. 517-529, 2010.

- DALANESI, P. E.; OLIVEIRA-FILHO, A. T.; FONTES, M. A. L. Flora e Estrutura do Componente Arbóreo da Floresta do Parque Ecológico Quedas do Rio Bonito, Lavras, MG, e Correlações entre a Distribuição das Espécies e Variáveis Ambientais. Acta Botanica Brasilica, v. 18, n. 4, p. 737-757, 2004.

- GENTRY, A.H. Bignoniaceae: Part II (Tribe Tecomeae). Flora Neotropica, v. 25, n. 2, p. 1-370, 1992.

- LOHMANN, L.G.; SILVA-CASTRO, M.GIULIETTI, A. M.; RAPINI, A.; ANDRADE, M. J. G.; QUEIROZ, L. P. DE; SILVA, J. M. C. D. Bignoniaceae. Belo Horizonte, MG: Conservaçao Internacional; Univesidade Estadual de Feira de Santana, 2009. 96-100 p.

- MORAWETZ, W. Vier neue Arten der Gattung Jacaranda (Bignoniaceae) aus dem Südosten Brasiliens. Plant Systematics and Evolution, v. 132, p. 333-341, 1979.

- OLIVEIRA-FILHO, A. T.; CARVALHO, D. A.; FONTES, M. A. L.; ET AL. Variações Estruturais do Compartimento Arbóreo de uma Floresta Semidecídua Alto-Montana na Chapada das Perdizes, Carrancas, MG. Revista Brasileira de Botânica, v. 27, n. 2, p. 291-309, 2004.

- PEDRO HABIBE PEREIRA. Estudos Taxonômicos da Tribo Tecomeae (Bignoniaceae Juss.) Ocorrentes no Parque Nacional do Itatiaia, Itatiaia ? RJ. Dissertação de Mestrado. Rio de Janeiro, RJ: Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro/ Escola Nacional de Botânica Tropical, 2006.

- Base de Dados do Centro Nacional da Conservação da Flora (CNCFlora). Disponivel em: <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/>. Acesso em: 2012.

Como citar

CNCFlora. Jacaranda subalpina in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora. Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Jacaranda subalpina>. Acesso em .


Última edição por CNCFlora em 10/09/2012 - 23:57:40